Os custos do plano de saúde podem ser um dos principais fatores que determinam a adesão das pessoas a ele, pois as pessoas querem pagar o mínimo possível.
No entanto, há muitas coisas que influenciam o valor cobrado pelos planos de saúde, um destes fatores é a inflação médica, um fenômeno exclusivo da medicina mundial.
Para entender melhor como este conceito pode influenciar nos custos do plano de saúde, decidimos escrever este artigo com tudo que é necessário saber. Vamos lá?
O que é a inflação médica?
Do começo: Inflação médica trata-se de um índice mensurado pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) e que serve para basear os custos do plano de saúde.
Esse conceito, grosso modo, representa o percentual de variação das despesas médico-hospitalares per capita com base nos custos de operadoras e seguros de saúde.
Vale ressaltar que historicamente a inflação médica sempre esteve acima da inflação oficial calculada nos países, tanto no Brasil, Europa e também nos Estados Unidos.
Como fenômeno mundial, existem 4 dados que são considerados para se calcular esse índice. São eles:
- Custos das operadoras;
- Período de apuração;
- Amostra;
- Ponderação.
Vamos falar um pouco sobre cada uma destas informações.
1. Custos das operadoras
Os custos das operadoras de planos de saúde são medidos com base nas variações dos valores das consultas, exames, terapias e também das internações.
Estes serviços, por sua vez, são precificados com base no valor dos insumos, na demanda pelos serviços e também em razão da inflação média medida no país analisado.
2. Período de apuração
Para fazer a apuração da inflação médica que irá compor os custos do plano de saúde, é preciso delimitar um período de 12 meses e comparar com os 12 meses anteriores a ele.
Isso significa que o cálculo da inflação média de dezembro de 2022 será composto pela variação das despesas do ano de 2021 comparadas com as de 2020.
3. Amostra
Para se fazer esse cálculo não será possível avaliar todos os beneficiários dos planos de saúde e dos seguros, é preciso definir uma amostragem que representa a realidade.
No caso, essa amostragem é feita com 10% dos beneficiários de planos individuais, sejam eles antigos ou novos, distribuídos em todas as regiões do país.
4. Ponderação
A ponderação para medir o custo médico hospitalar é feita por padrão de plano, ou seja, básico, intermediário, superior e executivo, possibilitando uma medição mais exata.
Isso é feito porque, no caso das vendas de um determinado plano aumentarem muito do que o padrão das outras, isso acaba resultando em uma distorção do custo médio.
A importância da Inflação Médica
Entre todos os fatores que influenciam nos custos do plano de saúde, a inflação médica é definitivamente o indicador mais utilizado pelo mercado como uma referência de valor.
Contudo, vale destacar que a inflação médica não pode ser comparada com outros indicadores econômicos mais usados fora da medicina, tal como o IPCA.
Isso porque a inflação médica toma como base outros dados específicos que só estão relacionados à área médica, como a frequência e custos de consultas e exames.
O IPCA, por sua vez, trata-se do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, o que significa que ele é calculado como um apanhado geral da inflação do país inteiro.
Conhecer a inflação médica, por sua vez, é essencial para compreender os custos do plano de saúde e como é feito o seu reajuste todos os anos.
Impacto da inflação médica sobre os planos de saúde
A variação dos custos médico-hospitalares, conhecido como VCMH, apurado pelo IESS, ficou em 23% entre março de 2021 e março de 2022.
O que, por sua vez, representa um recorde histórico, visto que a média sempre foi de 10%, apesar de ainda ser menor do que a registrada no período anterior de 27,7%.
Contudo, existe uma explicação plausível para esse acumulado, que é a demanda reprimida do período da pandemia, que influenciou muito na variação dos planos de saúde.
No caso, o serviço que mais contribuiu para o aumento da inflação médica foram as internações, que tiveram uma oscilação muito grande no período analisado.
Muitas pessoas precisaram usar leitos, o que fez a lotação máxima ser atingida, além do fato de que novos leitos precisavam ser criados para dar conta da demanda.
Como pagar menos nos planos de saúde?
Para conseguir evitar um pouco os custos do plano de saúde que são atualizados por conta da inflação médica, é importante pesquisar muito bem todas as opções à sua disposição.
Leve em conta também que planos individuais costumam ser mais caros, já que o custo é arcado exclusivamente por um único beneficiário, o que diminui as garantias de pagamento.
Por outro lado, planos coletivos, familiares, por adesão ou empresariais, costumam ser mais baratos porque a cobrança é um valor fechado que é dividido para várias pessoas.
No caso dos planos empresariais, quanto mais funcionários aderirem ao plano, mais em conta ele costuma ser para cada beneficiário e os dependentes que podem fazer parte dele.
Algo que também deve ser analisado para conseguir economizar com um plano de saúde, é em relação à rede credenciada, as coberturas oferecidas e a carência.
Quanto maior for a rede credenciada e as coberturas oferecidas, mais caro tende a ser o plano. Nesses casos, o ideal é negociar apenas aquilo que você irá de fato necessitar.
Não é incomum que os planos ofereçam coberturas que o beneficiário dificilmente irá utilizar. Talvez um plano mais simples, para quem tem uma vida saudável, já sirva.
Por outro lado, caso a pessoa tenha necessidades especiais ou doenças preexistentes, a melhor alternativa é comparar os planos disponíveis e negociar bem.
Não obstante, aqueles que trabalham em empresas que oferecem um plano empresarial, possivelmente sentirão menos o peso da inflação médica nos custos do plano de saúde.
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