Não é nenhuma novidade que em todo tipo de situação as atualizações de preços geram desconfortos e preocupações. Por isso, entender os contratos empresariais dos planos de saúde é fundamental, inclusive, quando chega a hora do reajuste!
Afinal, se não estiverem cientes quanto às principais regras envolvendo o assunto, os gestores podem acabar tomando grandes prejuízos. Sem falar, é claro, dos diferentes tipos de transtornos que podem ser acarretados!
Dessa maneira, se você quer evitar problemas desse gênero, continue a leitura deste post até o final. Vamos apresentar detalhes importantes sobre o tema.
Como funcionam os reajustes dos planos de saúde?
Um reajuste pode ser definido como uma atualização anual que é feita nos preços de determinado serviço ou produto. Logo, no caso dos contratos empresariais dos planos de saúde, ele acontece de acordo com o tipo de plano.
- Plano de saúde individual: contratado de forma direta por uma pessoa física;
- Plano de saúde coletivo empresarial (29 membros): adquirido por empresas que possuam até 29 colaboradores no contrato;
- Plano de saúde coletivo empresarial (30 membros ou mais): escolhido por empresas que tenham 30 ou mais colaboradores.
A partir disso, é preciso saber que o índice de reajuste dos planos individuais possui o teto definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Por outro lado, as atualizações de preços dos planos coletivos contam com regras específicas.
Quais são as regras dos reajustes de planos empresariais?
Os critérios para reajuste dos planos de saúde coletivos são três:
- Financeiro;
- Faixa etária;
- Técnico.
No entanto, a atualização realizada pela operadora pode considerar mais de um critério, o que reforça a atenção que deve ser dada aos contratos empresariais dos planos de saúde.
Confira os detalhes sobre cada tipo de reajuste:
1. Reajuste Financeiro
O cálculo deste tipo de reajuste anual leva em conta alguns índices de inflação. Dentre eles, o mais usado é o VCMH (Variação de Custo Médico-Hospitalar), um indicador específico da área da saúde.
De modo geral, o VCMH compara quanto um plano gastou a mais (ou a menos) para cuidar de uma pessoa dentro de determinado período (de janeiro a dezembro de um mesmo ano, por exemplo).
O índice leva em consideração as alterações nos preços de medicamentos e insumos médicos, como aventais, luvas, máscaras e equipamentos de proteção individual e coletiva.
Assim sendo, é de suma importância observar qual é o índice de inflação definido em contrato (VCMH, IPCA, IGP, etc), pois o reajuste estará atrelado a ele.
2. Reajuste por Faixa Etária
Assim como o próprio nome sugere, aqui o reajuste é feito conforme a idade do beneficiário aumenta. Com o avançar da idade dos beneficiários, também cresce a demanda por cuidados e, consequentemente, o valor do plano.
Sabendo disso, em janeiro de 2004 foi criado o modelo de reajuste de preços das mensalidades por faixa etária. Segundo a Resolução Normativa RN 63/03, foram estabelecidos os seguintes grupos:
- 0 a 18 anos;
- 19 a 23 anos;
- 24 a 28 anos;
- 29 a 33 anos;
- 34 a 38 anos;
- 39 a 43 anos;
- 44 a 48 anos;
- 49 a 53 anos;
- 54 a 58 anos;
- 59 anos ou mais.
Dessa forma, cada faixa etária se enquadra em um valor específico e crescente. Isto é, sempre que faz aniversário e passa para uma nova faixa, o beneficiário tem sua mensalidade do plano de saúde reajustada.
3. Reajuste Técnico
O reajuste técnico, por sua vez, também pode ser chamado de custo de cuidado, limite técnico ou breakeven.
No caso das empresas acima de 30 membros, todos os contratos estabelecem um percentual para as despesas médicas, variando entre 60% e 80% do valor da mensalidade.
Entretanto, se esse número for ultrapassado, é negociado um reajuste referente à diferença no ato da renovação.
Esta modalidade é útil, portanto, quando o convênio médico é mais utilizado que havia sido previsto e as despesas ultrapassam o valor da mensalidade, ocorrendo um desequilíbrio financeiro.
De tal modo, o valor pago pela organização não é suficiente para quitar tudo o que foi gasto, sendo preciso calcular o reajuste suficiente para cobrir o total de utilizações.
E se o reajuste estiver além do esperado?
Um dos problemas que, sem dúvida, mais aflige gestores de negócios é o famoso budget. Em outras palavras, estourar o orçamento é uma enorme preocupação para qualquer tipo de empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte.
Até porque, quando os gastos ficam acima do esperado, o fluxo de caixa é comprometido, bem como tudo o que havia sido planejado, inclusive a lucratividade.
Por isso, a fim de evitar que isso ocorra com o seu empreendimento, a primeira dica é ter em mente que prevenir é sempre melhor do que remediar!
Assim sendo, quando se trata de plano de saúde, a primeira coisa que deve ser feita é pesquisar sobre a reputação de operadoras ou administradoras de convênios médicos.
Procure por avaliações, saiba o que os clientes da marca têm a dizer quanto aos serviços prestados, identifique os pontos positivos e negativos e, obviamente, entre em contato e peça orçamentos claros, principalmente quanto à política de reajustes.
Vale frisar a importância de ler os contratos empresariais dos planos de saúde com a máxima atenção possível e garantir que todas as dúvidas sejam sanadas!
Porém, se mesmo depois de fazer tudo isso, aconteça da empresa reajustas de maneira abusiva o plano contratado, você tem algumas alternativas:
Analise as condições acordadas
Antes de qualquer coisa, é fundamental que o contrato firmado entre sua empresa e a operadora do plano de saúde seja lido e relido com bastante cautela.
O mais recomendado é contar com a ajuda do departamento jurídico, o que pode evitar interpretações ambíguas e equivocadas.
A ideia é conferir quais regras valem para os reajustes do plano contratado e buscar entender se o aumento aplicado está, de fato, acima do previsto.
Solicite maiores esclarecimentos
Caso conclua que o reajuste realmente está além do esperado, é seu direito enquanto consumidor solicitar esclarecimentos e entender o método de cálculo e os indicadores utilizados pela operadora na hora de atualizar o valor do plano.
Desse modo, se as informações não estiverem detalhadas nas faturas, você pode solicitá-las entrando em contato diretamente com o convênio.
Contudo, ainda que existam soluções e você possa recorrer em algumas circunstâncias, a melhor saída é contratar um plano de saúde de uma empresa idônea, bem avaliada e comprometida com as regras do mercado.
Por isso, evite surpresas, conheça a parceria entre a Já Calculei e a Galcorr e garanta a previsibilidade dos seus custos!